Este glossário foi compilado a partir dos termos presentes nos livros: Insetos: Fundamentos de Entomologia (5ª ed.) e Insetos do Brasil: diversidade e taxonomia (1ª ed.). O glossário não contém definições de todas as palavras ou frases que os entomologistas podem usar; por favor consulte o índice se uma palavra não constar no glossário ou contacte-nos por e-mail (ronaldalmeidadossantos@gmail.com) para adicionarmos a página.
ABDÔMEN: Região do corpo posterior ao tórax, contendo até 11 segmentos reconhecíveis. Também abdome.
ABDUTOR: Músculo que afasta ou abre uma estrutura rígida em relação a outra (por exemplo, as mandíbulas ou dois artículos das pernas). Também abdome.
ACANTOS: Extensões finas e unicelulares da cutícula.
ACETÁBULO: A cavidade na qual um apêndice é articulado; cavidade coxal.
ACIDÓFORO: Uma pequena abertura circular (orifício) na extremidade do gáster de certas formigas (subfamília Formicinae); utilizado para expelir ácido fórmico para defesa ou comunicação.
ACROSTERNITO: Parte do esterno anterior à sutura antecostal.
ACROSTICAIS: Cerdas pequenas ao longo do centro do mesonoto (Diptera).
ACROTERGITO: Parte do tergo anterior à sutura antecostal.
ACULEADO: Pertencente aos Hymenoptera aculeados – formigas, abelhas e vespas, nas quais o ovipositor está modificado em um ferrão.
ADÉCTICA: Refere-se a uma pupa com mandíbulas imóveis; veja também déctica.
ADIPOCINÉTICO: Hormônio que regula os níveis de metabólitos energéticos na hemolinfa, como trealose e diacilglicerol.
ADUTOR: Músculo que aproxima ou fecha um artículo ou apêndice (por exemplo, as mandíbulas).
ALADO: Que possui asas.
ALATOSTATINA: Neuropeptídeos que afetam os corpora allata inibindo a produção de hormônio juvenil.
ALATOTROPINA: Neuropeptídeos que estimulam os corpora allata, resultando na produção de hormônio juvenil.
ALELOQUÍMICO: Substância não nutricional produzida por uma espécie que induz uma resposta fisiológica ou comportamental em outra espécie.
ALINOTO: A placa dorsal do mesotórax ou metatórax de um inseto com asas.
ALITRONCO: Conjunto da fusão entre o tórax e o primeiro segmento abdominal (propódeo) das formigas adultas. Ver mesossomo
ALÓCTONE: Originário de um outro lugar, como exemplo, no caso de nutrientes que penetram no ecossistema aquático; veja também autóctone.
ALOMETRIA: Padrão de desenvolvimento ontogenético no qual diferentes partes do corpo ou de uma estrutura crescem em velocidades diferentes, resultando em alteração em suas proporções.
ALOMÔNIO: Aleloquímico cuja ação é benéfica para o indivíduo que o produz.
ÁLULA: Um lobo na base da asa, adicional ao lobo anal (Diptera).
ALVÉOLO: Uma cavidade ou depressão externa onde fica inserida uma estrutura, como uma cerda ou antena.
AMBULATORIAL: Tipo de apêndice adaptado especificamente para andar sobre uma superfície. Perna ambulatorial.
AMETÁBOLO: Tipo de desenvolvimento em que não há metamorfose. O indivíduo que emerge do ovo difere do adulto basicamente no tamanho e no desenvolvimento do sistema reprodutor.
AMPLEXIFORME: Tipo de acoplamento de asas no qual um grande lobo umeral da asa anterior projeta-se sob a asa posterior (Lepidoptera).
ANAL: Parte posterior basal da asa; relativo ao ânus ou ao último segmento abdominal.
ANAMÓRFICO: Tipo de desenvolvimento em que o número de segmentos do corpo aumenta após a emergência.
ANATERGITO: Esclerito torácico localizado acima dos halteres (Diptera).
ANDROCÔNIAS: Escamas especializadas encontradas nos machos de algumas borboletas.
ANELO: Estrutura presente no edeago (Lepidoptera).
ANEPÍMERO: Parte superior do epímero, quando dividido longitudinalmente em duas placas.
ANEPISTERNO: Parte superior do episterno, quando dividido longitudinalmente em duas placas.
ANFIBIÓTICO: Inseto com imaturos aquáticos e adultos terrestres ou aéreos (Ephemeroptera, Odonata, Plecoptera).
ANFIPNÊUSTICA: Larva na qual apenas o primeiro e o último ou dois últimos espiráculos são abertos.
ANTECLÍPEO: Parte anterior do clípeo, quando existe uma divisão transversal.
ANTECOSTA: Crista interna na parte anterior dos tergos e esternos, que serve para fixação de músculos longitudinais.
ANTENAS: Um par de apêndices metaméricos articulados na cabeça, geralmente com função sensorial.
ANTENÍFERO: Estrutura triangular na borda do soquete antenal, que serve de ponto de articulação para a base do escapo.
ANTENODAIS: As veias presentes antes do nó (Odonata).
ANTENÔMERO: Cada subdivisão aparente da antena, inclusive os fiagelômeros.
ANTEPIGIDIAIS: Cerdas grandes na margem apical do esterno VII (Siphonaptera).
ANTERIOR: Na ou em direção à fronte e/ou à cabeça.
ÂNUS: Abertura posterior do tubo digestório.
AORTA: Parte anterior do vaso dorsal do sistema circulatório, sem capacidade contrátil.
APICAL: Parte de um apêndice ou estrutura que fica mais distante do corpo.
APNÊUSTICA: Larva sem espiráculos abertos, com respiração através do tegumento ou de brânquias traqueais.
ÁPODE: Indivíduo sem pernas. Também ápoda.
APÓDEMA: Uma estrutura interna do tegumento utilizada para fixação de músculos ou reforço do esqueleto.
APÓFISE: Estrutura alongada ou tubercular do tegumento, externa ou interna.
APÓLISE: Processo de descolamento da cutícula velha, que marca o início da muda.
APOMORFIA: Caráter ou estado derivado ou mais recente, no nível hierárquico em estudo. Ver plesiomoifia.
APOMÓRFICO: Estado derivado de um caráter relativamente à forma plesiomórfica.
APOSEMÁTICA: Coloração de advertência nos indivíduos de uma espécie com defesa química.
APOSEMATISMO: Presença de coloração de advertência.
ÁPTERO: Indivíduo sem asas.
ÁRCULO: Pequena veia transversal entre as veias radial e cubital
AREOLA POSTICA: Célula cua presente na asa anterior (Psocoptera).
ARISTA: Cerda presente no pedicelo da antena (Hemiptera) ou a parte distai do flagelo da antena, em forma de cerda (Diptera).
ARÓLIO: Estrutura em forma de almofada, presente entre as garras de alguns insetos.
ARRENOTOQUIA: Tipo de partenogênese que resulta apenas na produção de machos haploides a partir de ovos não fertilizados.
ARTÍCULO: Uma subdivisão de qualquer apêndice metarnérico, como antenas, palpos, pernas ou gonopódios.
ASAS ANTERIORES: Par anterior de asas, geralmente localizado no mesotórax.
ASAS POSTERIORES: Asas do metatórax.
ASSIMETRIA FLUTUANTE: Nível de desvio da simetria absoluta de um organismo bilateralmente simétrico, o qual é explicado como decorrente de esforços variáveis durante o desenvolvimento
ÁTRIO: Uma câmara presente em uma abertura do corpo, por exemplo, o espiráculo.
AURÍCULA: Estrutura lembrando uma pequena orelha, presente no abdômen (Odonata).
AUTAPOMORFIA: Um caráter ou estado derivado (apomorfia) que ocorre em um único táxon terminal em uma análise filogenética.
AUTOTOMIA: Liberação de apêndice(s), em especial para defesa.
AXILAR: Área triangular que articula a asa com o tórax, incluindo uma área membranosa e os escleritos axilares.
BALANCIM: O mesmo que halter.
BASAL: Na ou em direção à base ou ao corpo principal, ou próximo ao ponto de ligação.
BASALAR: Relativo à base da asa; pequenos escleritos pleurais localizados na base das asas; músculos ligados aos escleritos basalares.
BASICÔNICO: Sensor olfativo com forma de projeção curta, digitiforme, com parede fina.
BASIFLAGELO: Parte basal do flagelo (Hemiptera).
BASÍMERO: Parte basal da genitália do macho de alguns holometábolos. Em Siphonaptera, parte fixa do tergito IX dos machos, também denominado dedo imóvel ou p1 do clasper (= fórceps).
BASISTERNO: Principal esclerito do eusterno, localizado entre o presterno, de posição anterior, e o esternelo, de posição posterior.
BASITARSÔMERO: Artículo mais basal do.tarso.
BIFLABELADA: Antena com projeções achatadas para os dois lados, nos antenômeros.
BÍFORO: Com duas aberturas.
BIPECTINADA: Antena em forma de pente duplo, com um alongamento em cada lado do antenômero.
BIVOLTINA: Espécie em que ocorrem duas gerações por ano.
BLATOIDE: Semelhante a uma barata .
BRÂNQUIA: Órgão especializado em trocas gasosas, às vezes presente em imaturos de alguns insetos aquáticos.
BRAQUÍCERO: Com antenas curtas.
BRAQUÍPTERO: Com asas curtas.
BROCOSSOMOS: Grânulos microscópicos que recobrem o corpo de algumas cigarrinhas (Hemiptera). São produzidos por segmentos glandulares especializados dos túbulos de Malpighi, liberados através do ânus e depois espalhados sobre o corpo.
BÚCULA: Crista presente no lado ventral da cabeça, uma em cada lado da probóscide (Hemiptera).
BULA: Um trecho despigmentado curto de uma veia da asa (Hymenoptera); parte do duto seminal (Lepidoptera).
BULGA: Parte da espermateca.
BURSA COPULATRIX: Câmara genital expandida da fêmea de algumas ordens. de insetos, formando uma bolsa que recebe o edeago (ou pênis) durante a cópula.
BÚRSICON: Hormônio (neuropeptídeo) que controla a esclerotização e expansão da cutícula.
CABEÇA: A mais anterior das três divisões principais (tagmas) do corpo de um inseto.
CAIROMÔNIO: Substância de comunicação que beneficia o receptor e é desvantajosa ao produtor; veja também alomônio, sinomônio.
CÁLICE: Parte do ovário que funciona como um receptáculo de todos os pedicelos.
CALIFORINA: Proteína produzida no corpo gorduroso e armazenada na hemolinfa de larvas de Calliphoridae (Diptera).
CALIPTRA: Lobo basal no lado posterior da asa (Diptera).
CAMADA DE CERA: Camada de lipídio ou de cera que fica para fora da epicutícula.
CAMADA DE CIMENTO: Camada mais externa da cutícula, frequentemente ausente.
CÂMARA DE FILTRAGEM: Parte do canal alimentar de muitos hemípteros, nos quais a porção anterior e a posterior do mesênteron estão em íntimo contato, formando um sistema em que a maior parte do líquido corta caminho à porção de absorção do mesênteron.
CÂMARA GENITAL: Cavidade da parede do corpo da fêmea que contém o gonóporo; também conhecida como bursa copulatrix se funcionar como uma bolsa copuladora.
CÂMARA POROSA: Câmara existente dentro da uma sensila quimiorreceptora e que tem muitos poros (fendas) na parede.
CAMPANIFORME: Sensor mecânico.
CAMPO PRÓXIMO: O espaço muito próximo a uma fonte sonora.
CAMPODEIFORME: Tipo de larva com corpo achatado e alongado, pernas e antenas bem desenvolvidas.
CAMUFLAGEM: Tipo de capacidade críptica na qual um organismo não pode ser distinguido do fundo.
CANAIS DE CERA: Finos túbulos que transportam lipídios (filamentos de cera) desde os canais de poro até a superfície da epicutícula.
CANAIS DE PORO: Finos túbulos que atravessam a cutícula e transportam compostos derivados da epiderme para os canais de cera e, portanto, para a superfície da epicutícula.
CANAL ALIMENTAR: Canal de posição anterior ao cibário, pelo qual o alimento líquido é ingerido.
CANTAROFILIA: Polinização das plantas por intermédio de besouros.
CANTUS: Estrutura tegumentar que divide os olhos de alguns insetos em uma parte superior e outra inferior (Coleoptera).
CAPACIDADE CRÍPTICA: Camuflagem por intermédio da semelhança com características do ambiente.
CAPACIDADE VETORIAL: Expressão matemática da probabilidade da transmissão de uma doença por um particular vetor.
CAPITADA: Antena ou outro apêndice com uma dilatação distai abrupta, formando uma "cabeça".
CARÁTER: Em Taxonomia, uma característica observável que varia e pode ser usada para diferenciar táxons. Em Sistemática Filogenética o termo é usado com dois significados distintos na literatura: 1) a diferença entre duas condições de uma estrutura homóloga (equivalente a estado); 2) a estrutura que varia (equivalente a série de transformação).
CARDIOPEPTÍDIO: Um hormônio neuropeptídio que estimula o vaso dorsal (“coração”), provocando o movimento da hemolinfa.
CARDO: Parte proximal da base da maxila.
CARENA EPICNEMIAL: Carena presente entre o prepecto e o restante do mesepisterno (Hymenoptera).
CARENA OMAULAR: Carena transversal presente na região de transição entre as superficies anterior e lateral do mesepisterno (abaixo do lobo pronotal) (Hymenoptera: Apoidea).
CASCATA TRÓFICA: Efeitos de amplo alcance na produção primária de um ecossistema com a remoção ou introdução de predadores por meio da ação sobre os herbívoros.
CASTA: Uma das formas de indivíduos em espécies de insetos sociais, geralmente com morfologia e função diferenciada na colônia, como soldados, operários e reprodutores.
CASULO: Cobertura protetora, composta parcial ou totalmente de seda, produzida pela larva para a proteção da pupa.
CATEGORIA: Um nível na estrutura hierárquica da classificação, como Filo, Classe, Ordem etc.
CATEPIMERO: Parte inferior do epímero, quando dividido longitudinalmente.
CATEPISTERNO: Parte inferior do episterno, quando dividido longitudinalmente.
CAUDAL: Na ou em direção à terminação anal (cauda).
CAVERNÍCOLA: (troglóbio) Que vive em cavernas.
CECIDOGENIA: Formação de galhas.
CECIDOLOGIA: Estudo das galhas de plantas.
CECIDOZOÁRIO: Animal que induz a formação de galhas.
CECO: Tubo ou saco de fundo cego.
CECOS: Ramificações tubulares presentes na região anterior do mesêntero de alguns insetos, também chamados de cecos gástricos.
CEFÁLICO: Relativo à cabeça.
CEFALOTÓRAX: Região do corpo resultante da fusão da cabeça com o tórax.
CELOCÔNICO: Tipo de receptor (sensor) nas antenas sensível à temperatura e umidade.
CÉLULA DISCAI: Célula presente na região basal ou central da asa (normalmente, entre as veias mediais) de vários grupos de insetos (Diptera, Hemiptera, Hymenoptera, Lepidoptera).
CÉLULAS DE SEMPER: Células componentes do cone cristalino do olho composto, ocorrendo em conjuntos de quatro células abaixo da córnea.
CENCROS: Par de estruturas circulares ou ovais situadas na porção subtateral do metanoto (Hymenoptera).
CENOBIONTE: Parasitoide que permite que o hospedeiro continue se desenvolvendo após a oviposição.
CERA: Mistura lipídica complexa que dá capacidade de impermeabilidade à cutícula ou oferece cobertura ou material de construção.
CERÁRIOS: Estruturas presentes em cochonilhas, formadas por cerdas cônicas, às vezes também com cerdas filiformes e poros triloculares, de onde partem longos filamentos laterais de cera (Hemiptera).
CERCO: Um dos elementos do par de apêndices que se originam no 11o segmento abdominal, mas que é geralmente visível como se estivesse no segmento dez.
CERCOS: Par de apêndices metaméricos do segmento 1 O do abdômen de alguns insetos, às vezes multiarticulados, geralmente de função sensorial.
CERDA: Projeção cuticular em forma de pelo, geralmente de função sensorial.
CERDAS PLANTARES: Cerdas associadas ventralmente no tarso (Siphonaptera).
CERDIFORME: De forma semelhante a uma cerda.
CERDOSO: Condição de estruturas cobertas por cerdas.
CÉREBRO: Nos insetos, o gânglio supraesofágico do sistema nervoso que inclui protocérebro, deutocérebro e tritocérebro.
CERVICAL: Relativo ou pertencente ao pescoço.
CÉRVIX: Pescoço. Também cerviz.
CIBÁRIO: Câmara dorsal de alimento, que fica entre a hipofaringe e a parede interna do clípeo, frequentemente com uma bomba musculosa.
CICLOALEXIA: Formação de agregados em círculos defensivos.
CINESE: Movimento de um organismo em resposta a um estímulo, em geral restrito à resposta apenas à intensidade do estímulo.
CINGULO: Estrutura presente no edeago de alguns insetos.
CLADÍSTICA: Sistema de classificação no qual clados são os únicos agrupamentos aceitos.
CLADO: Um grupo monofilético, compreendendo um ancestral e todos os seus descendentes; um ramo em uma árvore filogenética.
CLADOGÊNESE: A divisão de espécies ancestrais em espécies descendentes.
CLADOGRAMA: Uma árvore filogenética baseada em características derivadas compartilhadas (sinapomorfias) dos táxons e que ilustra as relações entre ancestral e descendentes (genealogia), sendo que é ilustrado apenas o padrão de ramificação da filogenia, portanto, não o comprimento dos ramos.
CLASPER: Estrutura presente na terminália ou no abdômen do macho de alguns insetos que auxilia na manutenção da fêmea em posição durante a cópula.
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: Determinação da idade fisiológica de um inseto.
CLASSIFICAÇÃO: O processo de estabelecer, definir e classificar táxons (p. ex., espécies) em uma série hierárquica de grupos.
CLAVADA: Em forma de clava, com a região apical dilatada.
CLAVIFORME: O mesmo que clavada.
CLAVO: Área da asa delimitada pelo sulco do clavo e pela margem posterior.
CLEPTOPARASITA: Um organismo que parasita o trabalho efetuado pelo hospedeiro na preparação do alimento larval, portanto adotando a mesma dieta larval do hospedeiro.
CLÍPEO: Parte da cabeça do inseto na qual o labro liga-se na porção anterior, localiza-se abaixo da fronte, com a qual pode estar fundido e formar o frontoclípeo ou estar separado por uma sutura.
CLOACA: Câmara presente em alguns insetos, onde se abrem tanto o duto genital quanto o ânus.
CLÚNIO: Estrutura presente na extremidade distai do tergito VIII (Psocoptera).
CODÍCOLA: Porção terminal alongada do abdômen (cauda) da maioria dos pulgões (Hemiptera).
COESPECIAÇÃO: A especiação de uma população em resposta à, e junto com, especiação de outra com a qual está associada, tal como um herbívoro especialista passando pela especiação junto com sua planta hospedeira, ou um inseto parasita junto com seu hospedeiro vertebrado.
COEVOLUÇÃO: Interações evolutivas de dois organismos, tais como plantas e polinizadores, hospedeiros e parasitas; o grau de especificidade e reciprocidade varia.
COLÓFORO: Projeção ventral do segmento abdominal I (Collembola).
COLÔNIA: Grupo de indivíduos (maior que um casal) que coopera na criação dos imaturos e geralmente constrói um ninho.
COMUNA: Nível de comportamento social em que adultos da mesma geração compartilham ninhos, mas não cooperam no cuidado com a prole.
CÔNDILO: Articulação formada por uma protuberância arredondada encaixada numa cavidade.
CONE CRISTALINO: Parte do omatídio localizada abaixo da córnea, formada por quatro células.
CONEXIVO: Laterotergitos (pleuritos) que fazem a conexão entre tergo e esterno (Hemiptera).
COPRÓFAGO: Que se alimenta de fezes.
CORBICULA: Estrutura para coleta de pólen formada por uma depressão da tíbia posterior, margeada por cerdas longas (Hymenoptera: Apidae ).
CÓRIO: Seção do hemiélitro (asa anterior) de heterópteros que se diferencia do clavo e da membrana, e é geralmente coriáceo.
CÓRION: Casca mais externa do ovo de um inseto, a qual pode ter várias camadas, incluindo o exocórion, o endocórion e uma camada de cera.
CÓRNEA: Cutícula que recobre o olho ou o ocelo
CORNÉOLAS: Lente córnea de cada olho simples (Collembola).
CORNICULOS: Par de estruturas tubulares, na parte posterior do abdômen de pulgões (Hemiptera).
CORÓ: Larva ápode de inseto, em geral com a cabeça reduzida, frequentemente de uma mosca.
CORONAL: O ramo mediano da linha ecdisial no vértice, entre os olhos.
CORPO COGUMELO: Agrupamento de vesículas seminais e túbulos de glândulas acessórias que formam um uma estrutura globosa única em forma de cogumelo, encontrada em certos insetos ortopteroides e blatoides.
CORPO GORDUROSO: Agregado de células frouxo ou compacto, na maioria trofócitos suspensos na hemocele, responsável pelo metabolismo, síntese e armazenamento de uma série de compostos.
CORPORA ALLATA (PL.): Par de glândulas usualmente dispostas uma de cada lado do esôfago. Produzem o hormônio juvenil. A tradução como "corpos alados" seria inadequada, pois não possuem, de fato, asas. Sing. , corpus allatum.
CORPORA CARDIACA (PL.): Par de órgãos neuroglandulares localizados atrás do cérebro, geralmente junto à aorta. A tradução como "corpos cardíacos" seria inadequada, pois não estão, de fato, ligados ao coração. Sing., corpus cardiacum.
CORTICÍCOLA: Associado à casca de árvores.
COSMOPOLITA: Distribuído por todo o planeta (ou quase).
COSTA (adj. costal): Nervura longitudinal da asa de posição mais anterior, que percorre a margem costal da asa e termina próxima ao ápice (Figura 2.23).
COSTAL: Veia longitudinal que normalmente forma a margem anterior da asa.
COXA VERA: Em Neoptera, divisão anterior das coxas meso e metatorácica.
COXA: Artículo proximal (basal) da perna.
COXOPODITOS: Escleritos presentes no abdômen de alguns insetos, considerados homólogos às coxas de pernas em ancestrais mais na base da evolução dos artrópodes.
CRÂNIO POSTERIOR: Porção posterior da cabeça, geralmente em forma de ferradura.
CREMÁSTER: Estrutura em forma de espinho ou gancho presente na pupa, geralmente usado para :fixação (Lepidoptera).
CRENULADA: Ondulada ou com numerosos recortes arredondados.
CREPUSCULAR: Ativo em intensidades baixas de luz, ao entardecer ou ao amanhecer; veja também diurno, noturno.
CRIBRIFORME: Em forma de peneira.
CRIOPROTEÇÃO: Mecanismos que permitem aos organismos sobreviver períodos de frio, na maioria das vezes extremo.
CRÍPTICO: Escondido, camuflado, oculto.
CRIPTOBIOSE: Estado de um organismo vivo durante o qual não existem sinais vitais e o metabolismo virtualmente cessa.
CRIPTONEFRÍDIO: Associação dos túbulos de Malpighi com o reto, em alguns insetos (Coleoptera, Hymenoptera e Lepidoptera), que aumenta a reabsorção de água das fezes.
CRISÁLIDA: A pupa de uma borboleta.
CRISTA ACÚSTICA: Principal órgão cordotonal do órgão timpânico da tíbia de esperanças (Orthoptera: Tettigoniidae).
CRISTA PLEURAL: Quilha interna que divide o pterotórax em episterno anterior e epímero posterior.
CROCHÊS: Espinhos em forma de ganchos, nas pernas abdominais de lagartas (Lepidoptera).
CROCHETES: Ganchos recurvados, espinhos ou espínulas nas falsas pernas de larvas.
CROWN GROUP: O menor grupo monofilético que contém o último ancestral comum de todos os membros atuais, bem como todos os descendentes daquele ancestral.
CTENÍDIO: Fileira de cerdas rígidas, semelhante a um pente (Siphonaptera ).
CTENÍDIO: Um pente.
CTENIDIOBÓTRIAS: Cerdas grossas inseridas em um soquete com um anel de espinhos, presentes nas tíbias de alguns Psocoptera.
CUBITAL: Veia longitudinal da asa, em posição posterior à veia média.
CÚBITO (Cb): Sexta nervura longitudinal, de posição posterior à média, frequentemente dividida na região anterior em duas, denominadas CbA1 e CbA2, e com um ramo indiviso posterior denominado CbP.
CULTRIFORME: Em forma de faca.
CÚNEO: Parte apical aproximadamente triangular da região coriácea da asa, delimitada por uma linha (Hemiptera).
CÚNEO: Seção distal do cório da asa dos heterópteros.
CUPULIFORME: Em forma de copo.
CURSORIAL: Apêndice adaptado para correr. Perna cursorial.
CURSORIAL: Que corre ou adaptado para correr.
CUTÍCULA: Camada externa do corpo, não celular, formada principalmente por quitina.
CUTÍCULA: Estrutura esquelética externa, secretada pela epiderme, composta de quitina e proteína, e compreendendo diversas camadas diferenciadas.
DECAPITAÇÃO: Separar a cabeça do corpo; utilizada particularmente nos primeiros estudos dehormônios dos insetos.
DECÍDUO: Que cai, que se desprende (p. ex., na maturidade).
DÉCTICA: Referente à pupa exarata em que as mandíbulas estão articuladas.
DEFESA CONSTITUTIVA: Parte da composição química normal; veja também defesa induzida.
DEFESA INDUZIDA: Mudança química, deletéria a herbívoros, induzida na folhagem ou outra parte da planta como resultado de um dano provocado pela alimentação desses herbívoros.
DEUTOCÉREBRO: Região intermediária do cérebro; contém os lobos antenais.
DIAGNOSE: Em Sistemática, um resumo das características que seriam necessárias e suficientes para o reconhecimento de um táxon e sua diferenciação em relação a outros.
DIAPAUSA: Um período de parada no desenvolvimento ontogenético dos insetos.
DICONDÍLICA: Articulação feita com dois côndilos.
DICÓPTICO: Com os olhos separados na parte superior (Diptera).
DIGITIFORME: Em forma de dedo.
DÍMERO: Com apenas dois segmentos ou artículos.
DIMORFISMO: Existência de dois tipos de indivíduos morfologicamente distintos na mesma espécie, por exemplo, com indivíduos alados e ápteros. No dimorfismo sexual, macho e fêmea são diferentes, em particular na morfologia externa.
DISPERSÃO: Em Ecologia, movimentação de um organismo para longe do local de nascimento, o que possibilita ocupação de novos espaços. Em Biogeografia, deslocamento para uma área geográfica até então não ocupada por uma espécie.
DISTAL: O mesmo que apical.
DISTIFLAGELO: Região distai do flagelo antena! (Hemiptera).
DOBRA ANAL (dobra vanal): Dobra distinta, localizada na área anal da asa.
DOBRA JUGAL: Uma linha de dobra da asa que separa a área jugal do clavo.
DOENÇA DE CICLO SIMPLES: Doença que envolve uma espécie de hospedeiro, um parasita e um inseto vetor.
DOMÁCEA: Câmaras produzidas pelas plantas especificamente para abrigar certos artrópodes, em especial formigas.
DORSAL: Na superfície superior.
DORSO: Superfície superior.
DORSOVENTRAL: O eixo que se estende desde o lado dorsal (superior) até o lado ventral (inferior).
DULOSE: Uma forma extrema de parasitismo social na qual existe uma relação do tipo escravagista entre espécies parasitas de formigas e a ninhada capturada de uma outra espécie.
DUTO EJACULATÓRIO: Parte terminal do duto espermático do macho.